quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

poesias

Esse nosso amor

nessas terras de meu pensamento me bate ao peito teu amor
porta que abro
porta que inauguro sempre
pois sempre combinamos de se reconhecer em meio as tempestades da vida.

p/ Tati
Tiago Felipe Viegas Carneiro     20/02/2013



Nem eu chato e nós dois num calabouço
chegaríamos a isso.
Nem eu chato e você com a visão divina
entenderíamos isso.
Dessa vida o que se leva, mãe, como você me ensinou
é o amor.

P/ Ana Maria

Tiago Felipe Viegas Carneiro 20/02/2013




Ela é o meu desejo
o que não volta no tempo
Ela é o meu íntimo
o que não perdoa o tempo
pois sempre ama

Ela é o meu cerrado
a árvore que mesmo de casca seca dá frutos
Ela é o meu encanto
mesmo não não sabendo cantar.
Ela é a minha canção cheia de alegria
a qual durante o dia tento recriar para encontrar mais tarde.
Ela é fagulha que arde.
É o que quando o olho me cega me dá os sentidos para eu caminhar em segurança.



Para Tati

Tiago Felipe Viegas Carneiro  20/02/2013



Tantos dias eu pensei naquele abraço.
e quando eu chego se refaz todo e qualquer laço
 é tempo pai, tempo de colheita tempo desse amor todo que nos guia.

para Carlos Henrique Carneiro

Tiago Felipe Viegas Carneiro  20/02/2013


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

eu realmente tento sentir o que você sente.
eu queria ser você.
quero entender o que faz uma mulher como você
amar um homem como eu.
acho que nenhuma palavra vai enfeitar o que a gente sente.

conversa imaginária em forma de prosa



nem sei que leveza é essa a sua.

também não sei. só me sinto assim.

será que você não está fugindo da sua própria realidade? trocando suas fantasias pequenas ( se comparadas a sua vida) por devaneios ?

também não sei. na verdade desde de que soubemos não sei de mais nada. apenas faço. me diga. eu faço. me pede eu faço. me faz eu faço. me tensiona eu tensiono. me ama. eu amo.

como assim?

sabe eu perdi a referência. eu preciso de algo perto, e essa possibilidade-impossibilidade de distância.

não é interessante saber o que você pensa. você e eu temos papéis determinados em minha cabeça.

não. não temos papéis, nem folhas. agora pela frente parece só folia pra mim.

pra mim não tem mais só folia.

pra mim tem. sempre tem folia. sempre tem amor. sempre tem dissabor e no outro dia mesmo você não querendo tem a merda do outro dia. aprende uma coisa a dor assim como a bebedeira tamnbém dá ressaca. aproveite a sua. aproveita que há mudança.

não penso em aproveitar. penso em não penar muito, em planejar para que a dor que vier a sentir seja mais reconfortante.

pensa muito. pena muito. eu entendo isso.

não. não entende. não sente. não sabe. nem vai saber. e parece que vive em outro mundo.

não. não sinto. não entendo, mas tento, não sei, nem procuro saber, vivo em outro mundo, outro mundo que te faça ver e entender como as coisas por menos racionais que sejam, te façam compreender as coisas de outra forma. vivemos em mundos separados então?

não sei.

não. não vivemos em mundos separados, vivemos cada um em sua própria consciência e compartilhamos isso com que quem queremos. compartilhamos o sentimento com quem queremos e quando queremos.

você.

não sei.

você não vê.

não só não vejo, como não entendo. minha construção é feita por sucessões de sensações e a sensação que gera o sentimento em mim.

e você crê nisso?

eu sinto não creio em algo mais. desculpa, eu creio sim, creio e crio o nosso amor dentro de mim a cada instante. mesmo tendo desejos díspares, vontades infindas.

e você me ama ?

sim, eu amo. não te entendo, não te crio, não te vivo, não te faço mais uma personagem como fazia a anos atrás.

então o que você vê?

eu vejo que você quer coisas que eu posso e as vezes não posso suportar. vejo o teu mundo que se mostra, vejo o teu orgulho que se desdobra para não te enfraquecer, vejo o teu mundo ruir e depois se reconstruir, como veria um sentimentalóide urbano, um vedor de tristezas, um homem.

não te entendo.

sim, você não me entende, não sente o que eu sinto, não sabe o que eu sei e na verdade nem vai saber e saborear o que sinto. só você sabe o que sei, o que sinto, poruqe te peço, porque peco com você e como eu posso fazer pra te alcançar.

isso tá difícil pra mim.

então me diga pois não somos tão visíveis assim...
sou um canceriano
trago saudades, muitas saudades dentro do peito.

sou um ser humano
trago muitas vezes a dor dentro corpo.

sou um yuppie
trago no cabelo um gel brilhante.

sou um heterossexual
trago idéias pré-concebidas do que é o amor.

sou um amante
trago na renda da calcinha da amada um fetiche.

sou um escritor
trago idéia por idéia em um cálice que me faz gritar

sou um ser
respiro, respiro muitas vezes de maneira errada quando tenso.

sou um ser
transpiro, reprimo e as vezes não falo e atuo conforme a minha saudade.

sou um ser
 será que tenho tempo pra tudo o que sinto?



me cansa não ter inspiração.
me cansa ver tudo o que vejo e não escrever.
me pena me sensibilizar e não debulhar isso.
me pena ter meu tempo gasto na burocracia.
mas hoje em dia me perco no álcool.
mas hoje em dia me perco nos afazeres cotidianos.
tudo me cansa.
minha profissão é errada.
deveria ser um só mais um burocrata nas escalas do trabalho.
viver entre essas duas situações me aflige e me dá raiva.
me enjoa e enoja.
não viver plenamente.