terça-feira, 29 de outubro de 2013
Meu canto
aqui meio Cerrado desalocado desfeito
Agora chove e aflora aqui.
Agora explode e ninguém vê.
Empoça e me aposso de sentimentos únicos
me remoço de acontecimentos fúteis
tudo pra esquecer a dor toda e qualquer dor que já não me tenha mais importância.
Meu canto desafinado meio que serra no ato as notas
importante ninguém notar
importante as vezes ir pelo ar.
não chove a flora de mata atlântica por aqui
aqui é tudo serrado ou semi cerrado nos olhos loucos, bêbados
quando chove dentro e fora esverdeia tudo. e desloca.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 29/10/2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
cobertor em dias quentes
deveria dizer não mais saudades
devo dizer apenas sinto carinho por você quando encontro as pessoas
a saudade cobra
e encobre o valor do que realmente se sente.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 25/10/2013
sempre fui chegado a amores novos
pois os amores novos são rebentos lisos
cheios de gosma de placenta
sempre fui chegado a revistar amores antigos
na lembrança tem o cheiro do bem quisto ainda
na realidade são uma vizinhança boa a quem se oferece uma tarde com café
as pequenas paixões também me encantam
são ligeiras e trazem os frescor das violetas
não é necessário para elas serem regadas todo dia
Me apraz regalar os sentidos em uma confusão de sentimentos como esses.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 25/10/2013
Do significado do caminho
Não se caminha somente
Não se encaminha só
Se utiliza, ou melhor recebe a vida
e se faz um caminho em meio a vários nós
saber a diferença sua para o outro
talvez não seja o suficiente
saber a igualdade tua para o outro
talvez não seja agradável
saber que se trilha sua própria
percepção talvez seja incrível
o que sabemos de fato é que toda
caminhada objetiva chega num fim
afinal a vida tem os seus fins.
E se a minha insegurança for o caminho da mudança que nego?
E se o caminho que quero for o de não
estar seguro e preso a amarras?
E se o amor que eu carrego for tão maior
assim que eu?
que eu te dê tudo isso e estejamos tão
distantes dele que
não compreendamos e o deixemos perder por
questões
medíocres?
E se o amor que tú me destes fora cristal
que derreteu em meio ao fogo infindo
e te e me queimou?
E se esse caminho todo for só o que sobra
da racionalização de uma dor
de não conseguir um fundo de uma fuga que
só em fantasia me lembre
que sou só uma lebre leve que foge e funde
a velocidade delicada
que é o amor e que se planta feito um enxerto
na árvore fecunda da vida?
Eu sei que me enchi de amor
e depois me enchi do amor
pra me encher de dor
pra me curar pelo amor de novo
isso não é das coisas que não podem mais
ser palavra.
Tiago Felipe Viegas Carneiro
10/08/2013 – 25/10/2013
contra a indicação da liberdade
contra a indicação da liberdade
como é viver livre
dado que temos arrebentos e recolhimentos
como é viver desapegado
se a volta por vezes lhe é necessário
se quero viver o risco
que a casa esteja perto
que o se soltar não me cause apertos
mas aí não é se soltar.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 25/10/2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
quero mandar tudo
quero o mundo
quero você, ela, ele
quero amizade amor
quero mandar tudo isso a merda
Quero ser o descontente igual
tipo um aquariano feliz
quero ser um mundo todo
quero ser sempre vagabundo
que eu me acabe sozinho com o cachorro.
Andarilhos e felizes.
porém mais libertos que os gatos, pois sabemos compartilhar com o outro.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 16/10/13
quero o mundo
quero você, ela, ele
quero amizade amor
quero mandar tudo isso a merda
Quero ser o descontente igual
tipo um aquariano feliz
quero ser um mundo todo
quero ser sempre vagabundo
que eu me acabe sozinho com o cachorro.
Andarilhos e felizes.
porém mais libertos que os gatos, pois sabemos compartilhar com o outro.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 16/10/13
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
ciúmes não rancorozos
rsrsrsrsrsrsrs
choro de bandido
contra a vontade deles
nasceu no asfalto mas nasceu
http://www.youtube.com/watch?v=i7EeoSYEfUc
Mesmo miseráveis os poetas despostas
eles ainda vão dizer que ao mesmo tempo
são desconfortáveis mas amam
mas não soltam faíscas.
Ainda mais quando perdemos a noção da nação
que habita e que se faz a hora de mudar
ah choro bandido que na hora que tem que vir
vem só pra me contrariar.
Ah choro banido que pra te parir
tive que corremper, tive que desaguar
no oceano o que me era mais precioso
e agora já não mais preciso
minhas teclas então se refazem no meu piano
que era teu corpo
e que minhas mãos já não sabem mais outro dorso.
há pra conhecer meu próprio desvario.
o que finda e se no amor não há o fim que há pra dar?
Como?
Tiago Felipe Viegas Carneiro 11/10/13
o amor não sabe esperar
o amor é algo ignorante mesmo
eu não sei mais se tenho raiva dele
por se amar ou por se perder um amor
o amor é um metrô lotado em que só uns sabem se acomodar
é se for o metrô de São Paulo pode se ver que ele é violento
se empurra se espreme pra que todos se acomodem naquele vagão
onde vagam dissabores.
o amor tem o tempo dele
ele é infinito porém é duro
logo é para poucos.
o amor não é um Deus qualquer
nem uma divindade também
o amor brota
o problema é que como todas as coisas
é morredouro de esperança também,
Se pode amar para sempre
mas se pode viver de um único amor pra sempre?
domingo, 6 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
e acabei no chão num colchão lunático
atravessei a métrica como se fosse o pródigo
meus globos oculares espatariam até um mágico
beijei minha ex-mulher como se fosse a vulva
sentei pra me animar como se fosse uma sôfrega viúva
não, não era ali que queria estar.
é tudo uma raiva
é tudo uma energia que vai me transformar
apesar do transtorno
tudo se transforma e o ódio se transforma em raiva
e a dor se transaforma em incompreensão de si mesmo
e a esquizofrenia do momento se revela na mais pura forma de não se dar
que não se dê
que não se sê inteiro
mas que se saiba que foi amor.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 05/10/2013
sempre conto uma estória
pois o que vivi virou passado
e reinterpreto
e junto outros fatores
e adiciono minhas vidas vivenciadas em pequenos momentos
semrpe me reencontro nessas histórias
nada mais é ficção é tudo o que foi vívido pra mim
mesmo recomposto
mesmo tentando redecorar
mesmo tentando afastar do coração
está lá a vida.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 04/10/2013
quando eu deixo de falar a verdade?
quando eu deixo de ficar a vontade?
quando eu me desespero tudo se funde e se abre
quando eu me perco tudo desaparece e se acha
um artista é um ser mentiroso mesmo
Fernando Pessoa já disse.
Oras eu sou um finge dor.
Mas sou mais com as manipulações que tenho
eu também manipulo a minha dor.
Não a entendo. Essa é dor da dor.
Essa é calma que se vira aparente e de repente
vira um verso que é o inverso do que queria dizer
isso me faz acostumar.
Como não a entendo e a manipulo
eu não sei seu tamanho exato por não deixá-la viver.
Como e simplesmente engulo
não sinto o amargo e o bem que essa rúcula insana me produz.
Já que minha sede cede à dor esse desejo
porque não aproveitá-lo?
Qual o motivo de não vivê-lo?
Tiago Felipe Viegas Carneiro 04/10/2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
pequenas pílulas
o tempo te perpassa
e te deixa caduco
no jardim que você escolheu pra viver.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 03/10/2013
o clima te movimenta
mesmo sem você querer
tá na hora das flores se abrirem.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 03/10/2013
nada me engana
nada me engana mais que eu
dito isto, logo não sou a verdade do que é passado.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 04/10/2013
nem são tantas horas pensando
piso forte na grama
e o que se passa ninguém lembrou
Tiago Felipe Viegas Carneiro 04/10/2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
ABRACADABRA DO ERRO
abra aquela carta pra quando estiver preparada
abra aquele vinho quando tivermos que bebê-lo
assuma o zelo pois o erro já foi
arruina o erro não o acerto
o erro é algo que não é assíduo
foi optado por falta de clareza
é fruto do engano da fantasia compartilhada com outro
Tiago Felipe Viegas Carneiro 02/10/2013
"merecia a visita não de militares
mas de bailarinos
e de você e eu"
TE DEDICO
Nas minhas noites de maiores temores
Nas minas de maiores trabalhos
vi aquele indulgente receber
os préstimos da benção do amor.
Nas mil e uma noites um Kalifa recebe o mistério do amor.
Sim, amor é um mistério pois ele fica
entre as pessoas e apesar de tudo.
Nas minhas noites de insônia pensava:
- Nossa como ele me escapou?
Ele não te escapa incrédulo, ele te multiplica,
Ele te mostra as verdades que são necessárias
pra você mudar.
Ele é capaz de alterar as estruturas da tua vida
Então desde daquele sonho em 1983 eu sei o que é um amor
que não o materno.
Amor ele não te escapa, te completa, complementa e muda a sua vida e continua lá.
Tiago Felipe Viegas Carneiro 01/10/2013
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