um ramo se faz
mesmo da terra ainda afoita por se fazer
uma granja mesmo inclausurada ainda tem alguns cânticos
em seus mais recônditos cantos
Os galos As galinhas Os Frangos
mesmo juuntos e separados por sua determinação hormonal
ainda fazem sentir o seu barulho
até mesmo o mais mesuqinho
até duvido
até concluo
até da cloaca saem as necessidades e o adubo pra outra vida
Mesmo tentando esterelizar a vida
ela sempre se cria
e me cria mesmo quando eu não aceito
E eu não aceito várias coisas que ela me impõe
mas Ela é a vida e não o desejo dos outros.
Ela dá a vida e não somente o desejo dos homens.
Ela dá a própria via e não somente aos caninos dos homens.
Somos carne e sereno
Senso e veneno.
Não somos nada além do alicate bruto da mão
que desarosca a porca com o movimento preso do polegar
Nem se vê
Nem se sabe
pois se perde o sabor
se a verve é de não saber o que é dor e se para quem sabe é só senti-la
pois não cintila no frango da granja que ele também é caminho na vivido
ele só decidiu ser ferida vivida exposta.
Ai a granja em que vivemos. Ai o rodo que nos passa as pernas
e nos faz cair nas calçadas famosas da lama
todos somos meras paragens de resíduos não recicláveis
mas alguns tentam tirar o que há de não-próximo de si.
Mas na granja a injeção quase fatal te pega
de azeita e vocÊ não terá o cheiro rico do sangue da morte
te exultado que mesmo sem a cabeça te faz correr ainda.
Você na granja gargareja para espantar o mau-hálito
que sai de suas palavras preconceituosas.
No metrô é boi, no carro é boy que é boi pois também vai pro bate
no ônibus é galinha, é laranja que vai sendo apertado até caber o próximo
que eu quero bicar pra ele morrer pois não há mais espaço
NEM UM LAÇO DE AMOR E COMPAIXÃO NOS UNE.
A GALINHA BICA A POÇA DE SANGUE QUE É O OUTRO ATÉ SENTIR O SANGUE NA GARGANTA.
Tiago Felipe Viegas CARNEIROOOOOOOOOOOOO
09/11/11
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