quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Manhãs raras



Manhãs raras

          I

São confusas as sensações
vem de cintura em cintura
e tenta procurar o corpo
que dará calor ao amanhecer.


O vento vazio da manhã
que se cria se preencherá
de um ar mais frio, denso
e menos dinâmico.

São profundas as inexatidões
de amar tanto tudo ao mesmo tempo


         II

Venta o ar matinal nas videiras
Contorce o dorso dos troncos
Vida inteira se agarra e se aperta


         III

Talvez como videiras
produzamos a melhor fruta
ao dobrar o dorso
no encontro com o vento.


Tiago Felipe Viegas Carneiro 19/11/13


Nenhum comentário:

Postar um comentário