sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Saçurá



Saci de olhos vermelhos

pé que lhe mantém estável como pode

representação dos teus

fuma teu cachimbo em paz

deixa mergulhar o sonho de antanho


Vem a mim no meio da madruga e bagunça tudo

bate porta, quebra louça, se esconde

me trança a vida como se fosse a crina do cavalo

esconde o doce do ventre da alma quista.

Vem também ao amanhecer e na profusão de tudo

ri de mim, perdido mudo


Ah Saci de olhos vermelhos

que me faz avermelhar e ver melhor

a floresta encantada

encontrar o do pé pra trás

e esconjurar o satanás


é, Saci que borbotoa no broto oco do bambu

e me encaminha nesse redomoinho louco da vida

que roda a saia da moça que não tem mão pra segurar

que derruba o homem que quer a moça mas não consegue falar


só se sabe saci

quem sobrevoa, observa, com a tua música na mente, e sabe te encontrar.


Vai Saçurá, proteja minha casa e todas as ninhadas.

Tiago Felipe Viegas Carneiro 30/11/2013


Para o meu querido Saçurá


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