quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

passeio com os cachorros.
Pastel com você.
Volta.
Passeio com você.
Pastel de Palmito.
Palhaçada de cachorro.
Amor que vem e vai.
Coisa de bobo.
Coisa de salame no bar com o chopp gelado.
Na hora que der me veja.

Eu espero.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

nada como um chopp lado de casa para retesar e esquecer a cabeça. Agora só quero algo que entorpeça.
as manhãs começam tensas e indulgentes
algo no calor do sol deve ser.
Os rostos andam mas não acordam
se escoram uns nos outros destoam de si
como se o Dna e o pensar indecisamente
não lhes constituisse parte comum.
Ah os homens e mulheres e seus medos de adultérios
se esquecem que já traíram seus próprios sonhos.
Já nascemos sabendo que vamos morrer.
Isso não trai , isso dá motivo para nos distrair
e encontrar o que há de verdadeiro dentro.
Não o oco de fora.

Tiago Felipe Viegas Carneiro 21/12/2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

é estranho perceber
que não é mais notado
que se faz sentindo
é péssimo sentir-se estorvo
e memória de algo desgostoso.
É, não sou o que se remete
mas sou que acomete ao outro um odor desagradável de já era o que já foi
e não volta pra cima.
Desaparece.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eu estou tentando entender o que sinto.
Estou tentando entender o que o Maurício quer dizer pra mim(na verdade o que interpreto pra mim) e o que acontece na minha vida...
Bom a vida é assim.
Sem jeito.
Sem igual
Sem mortos e com iguais.
Deus me guarde
Deus me guie
Deusa Tati que Eros-Tiago
me leve até a ti.


Tiago Carneiro 15/12/2011
Você tem coragem de me chegar em casa bêbada? Sem dona? Sem nada ?
Sem estar em si mesma ? Sem se ensimesmar comigo ? Como assim
Como nada faz nexo quando fala mesmo trôpega ?
Como você acha que só o ébrio é que te compreende ?
Só nós bêbados é o que faz compreensão pra ti ?
Só nós bêbados é o que gera noção de sentido pra tá ?
Pra tá junto ?
Entucha logo o sentido, o certo, o correto, o errado, o perdido
o perdi na praia
Encontra agora em ti e em ta o pleno sentido do amor! Te desafio! Te confronto sóbreo, sapo, príncipe, principiante, sortudo, em meio a sortilégios de des-sabores!
HA!!!!! Mulher-menina, não és múmia!! Me compreende a entender-te! Se eu és um mosaico eu sou um ser prosaico, monossilábico pelo cansaço de não conseguir procurar tuas ancas fecundas. Nisso não sou profícuo sou som confuso, sou vários instrumentos pra você me tocar.
Está a ti, a tua desposiçao e a minha desposiçao de desejos.
Está sóbreo a ti e a tua entreposição dos nossos desesperos.
Ama
e nem sabe mais
Ama e nem sabe
mais o que ama
Ama e sabe o que mais ama.
E amor sem saber, sei que te amo.


Tiago Carneiro 14/12/2011
amanhã eu volto...

Qua a razão de desaparecer

Eu desapareço
sou nulo agora
não quero
não minto
só sinto
muito desaparecer
mas eu quero isso
quero ser o procurado
o que não tem telefone
o que não tem contato
o que não se dispõe ao contato comum
Então desapreci
decidi
decidi reaprender como vivia.
Decidi vendo a luz raiar com olhos soltos à luz do dia.
Decidi que preciso de você.
Reaprender a ver com os olhos sem a "magia" e "encanto"
Busco agora o desencontro pra encontrar o real de mim.


Tiago Carneiro 14/12/2011
ranho
ranhoso
ranhento
ranzinza
cinza
triste
apagado
pobre doído
adoidado
no fim de três cervejas
adorzicado
com você realmente presente
adocicado.

Tiago Carneiro 14/12/2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

criar e deixar referências do que me inspira é uma preocupação
quero escrever
quero e preciso
escrevia porque precisava
escrevi pois naquela precisei
escrevo porque é preciso
escrevoporquepreciso
é um tudo junto e amalgamado
é o instante em que me permito estar sozinho
e colaborador de mim mesmo
sou voluntário de minha causa
sou arroubo da minha alma
sou o que me cria e criva em mim e própia inspiração


MI QUARTO
MI DESÓDEN
MI PROBLEMA



Eu me arrumo e postergo deslumbrado o gosto de fossa da inocência.
Sempre um
alimente o elemento que consome a emoção

Queria ser o Elfante no Fim de tempoda de caçada
perdido
sem o marfim das minha presas
sendo oprimido pelas feras e forcas
e facas que me despadaçam a carne
sou um elefante de mamute de osso
que sobrevive
que se move
e se move por pouco por pouco a pouco
e que deixa em si o pó preto da fuligem das fumaças dos carros arrotos cigarros mentolados que nos cercam do início ao fim da noite.

É como morrer e ser a última consciência ativa do futebol

quero deixar a marca indelével do elfante nas ancas maduras da loja de souvenir
pois sou o broche que não combina com nada
mas você tem porque gosta.



Então dada consciência eu maduro a idéia de ser algo




Tiago Felipe Viegas Carneiro 03/12/2011

Mais uma poesia inacabada desta noite
mas se vc leu já poesia
Engraçado perceber o que é o mundo fora
estranho encontrar como está o meu mundo dentro
triste perceber o que não faço
o minha palavra não corta
o que meu sangue não sente.
De quantos anseios eu preciso para me encontrar ?
De quantos desejos eu preciso para me satisfazer ?
Nessa eterna busca quente
Nesse imenso buraco negro
No que há força imersa que suga tudo pra dentro
e depois devolve
e não se sabe donde e nem como
Vem como insatisfação
Vem como um universo dentro de um mundo
e com raiva
Vem como gelo no copo de água com limão no dia de ressaca
vem como a espremidinha do bar numa tarde insólita.
Não vem como no encontro rápido de ir ao cinema.
Não vem
Não vai
Nem quebra, nem porra nenhuma faz
Vem fica e esteia na garganta
no peito
no centro no âmago
Nú no inconcluso do mundo
Nú no absurdo do mundo
Nú absolutamente nú e desatinado
sem tempero, sem tempo, sem dengo
sem nada
Múúúúúúúúú absolutamente mú vaca insatisfeito
Nada sinto para procurar e identificar o que é lastro de sentimento
que me move por dentro.
Rasgar a alma
Rasgar a fibra indistinta do músculo do braço
Rompimento
a vida é um eterno rompimento
seja da placenta, seja da querência, seja de romper a si mesmo
em tardes folgadas da noite de antanho.
É querer libertar
é no final ter um único momento de reflexão agudo
É trazer pra si o valor mais alto do que se cria
fora ou dentro de si
Trilhar, brincar, se insatisfazer
reclamar, bradar, gritar e dizer em alto e bom som
Meu corpo e minha alma respeitam a uma ética
antiga em que o meu motivo de fazer aquilo que gosto me traz a reflexão
mas pura do momento mais solitário

Romper é confundir tudo o que é consolidado num único momento de sentatez
perene e voltar ao lugar mais miúdo mais diminuto da alma
é relaxar pra gozar a fim de gozar

Rompimento é o ato feito, flagelado, degradante do arrependimento da sensação
escrota que desdobra a veste com raiva vasada de alguma foz que era de um nó
sem a mínima e autêntica glória.

Romper é passar o sofrimento da dúvida clichê da escolha que ainda há de nos assombrar

O rompimento é viver o momento antigo e deixar pra lá

Rompimento é fazer o discurso da Clarisse que o ovo é ultrapassar a própria casca de si e soletrar o próprio nome verdadeiro.

Rompimento é sobreviver vivendo levando as coisas passadas como experiência recém-lavada dentro da bagagem e deixar mofar e se deteriorar.

Sobre viver não há o que dizer. É apenas viver e largar mão
Mas não é apenas
É fator principal do que se busca e não se encontra
é sempre buscar no infinito de possibilidades o estar sozinho
sendo mesmo que sendo um estar acompanhado.

Ainda temos o comportamento de manada
o mundo vai acabar
deixa a merda rolar.

Ainda tenho o comportamento condicionado
de não ser a minha vontade.

Ainda tenho carrego comigo o labor de sonhar e tentar realizar

Um blues antigo, um arrepio novo, o melhor samba de todos os tempos da última semana
um artigo um ar petrolífero sujando o que um dia ou outro ia se alastrar pela praia

Um rompimento inato.

Rompimento palavra hiata de não conceber
Rompimento não é concepção nem conceição
Rompimento é o transformado saindo do ventre

É não achar um lugar próprio e acabado
é achar o lugar que por propício é inadequado
é um lugar inóspito e quebrado
é um lugar
Isso rompimento é um lugar onde não nos queremos nos achar mas a hora em que ele acontece nos eleva a isso.


Eu sou
e estou aqui nesse pequeno momento.
Ele e eu não somos nada
talvez peixes perdidos a nadar no mar
e vivemos o que nos pune, agrada, amarra, magoa, mata e nos faz viver.



Tempo
Eu tenho o meu e você tem o seu
nos comprometendo, nos afagando, remetendo ao um outro assento em que estivemos sentados no passado
Éramos ou somos pasageiros. Lógica símia, lógica longínqua e similar

O corpo pede a alma reflete
o espírito se destrai e nos merece novamente.

Um pequeno louco ainda tulmutua dentro mim
algo que me move
que se derrete
e me deixa sabendo o que deveria ter feito e que só agora tenho as ferramentas impunes para mudar.


Vento frio rompe a alma
eu mudo
estou na Paulista pusilâmine e começo a compreender as regras do jogo
da vida que não quis e da que pretendo mudar
sou fato e fator
e isso me traz a dor da querência e da eterna ruminância.




Tiago Felipe Viegas Carneiro 03/12/2011



Explicação: essa poesia hoje acaba aqui mas continua como eu continuo insatisfeito sem ter uma obra final que me preencha.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Foram rascunhos até agora
são poesias de um quando se lê
Nas tardes que se fazem frias pela chuva lenta
e contínua ouço o esboço do desconforto da mãe
que ao ver o filho molhado
pede que este se seque para que não pegue um resfriado.
Já é quente dentro de casa.
Mas a precipitação contorna os obstáculos do ar e deixa fora
livre do conforto de dentro.
Tempo bom. Tempo maluco.
Esclarece o pensamento
Deixa sóbreo tudo o que realmente interessa a mostra.
É como a gota sondar o caminho pelo qual será
levada pelo vento e conseguir mudar de direção caindo
na roupa lilás e a calça jeans azul da moça.
Gota que também decide e salpica a camisa do rapaz ao lado da mulher.
Homem e mulher se abraçam
Homem e mulher unidos em casa
Mulher e homem decidem se molhar juntos
Moldar juntos os caminhos
a trilha do caminho
até uma casa
Casa aonde Uma cuida do filho por conta do tempo,
e outra lado um casal realiza seu amor
seja pela pelante chuva
seja pelo pelante amor.

Tiago Felipe Viegas Carneiro 01/12/2011
Essa vida sem tempo dos casais apaixonados
nas noites quentes de verão.
Seu vento esvoaçante proprício a beijos e apertos do amor.
Brisa leve de rascunho ingênuo.
Noite quente de lua crescente e não encontrada.
Nuvens de prédios desfazem a vista,
ruas e calçadas frescas fazem o clima.
Que o vento sopre mais forte
com seu sem jeito e sem comiseração
faça mais força que seu filho tufão.
Cantem os casais de homens e mulheres em infindas ruas.
Que persigam a sensação extrema onde o amor encontra a liberdade.

Tiago Felipe Viegas Carneiro 30/11/2011
Era destino meu ficar só.
Bambo. Apoiando a cabeça na mão
que se junto ao cotovelo que esmaga
de que viver é bom.
Dor aguda.
Dor mimetizada que se alonga e curva lenta
do forro do mundo.
Ah o refletir sobre si, arte quase perdida
pois estamos desmenbrados já perdemos
o que nos fazia enxergar pra dentro.
Ah dor veste emocional para um mundo envolto
em seus mares e marés de mentiras.
Por que o importante é ter, e não a divina visão
de ser e assim me basto.
Há de haver senso sem consenso que não se tem mais vida.
Venho por puro engenho modificar isso que já foi por si
noção exata.
O mundo é matéria
as vezes trabalhada
mas sempre orgânica.

Tiago Felipe Viegas Carneiro 30/11/2011