quarta-feira, 24 de julho de 2013

isso eu poderia ter publicado antes...



Desabafo porque preciso
Escrevo porque preciso
Amo porque preciso
Deixo o desejo fluir porque preciso.
Necessito de amor porque ele é preciso.
Não há maneiras, só maneirismo no meu amor.
Nem sempre encontro dias disponíveis para o amor.

Tiago Felipe Viegas Carneiro

não sei em que data isso foi feito



Eu não acordo todo dia com uma poesia pra você.
Isso é o que eu faço.
Eu. Eu não acordo todo dia com o seu bom humor.
Não.
Isso quem faz sou eu. Acordar de bom humor.
Sim eu preciso dos saber o que se passar mas não os seus pensamentos.
Eles nunca serão meus.
Nossos planos e panos tem o nosso cheiro.

Recordo o dia do primeiro beijo.
Recordo o dia do primeiro desleixo.

Num tempo eu queria viver contigo só passando por debaixo da catraca.
Era desafiar o mundo. Era viver fora.

Isso quem fez fui eu. Trocar a grana do ônibus pelo vício do cigrarro.
Nosso cigarro. Nosso vício que a gente divide.

Então teve um dia em que eu não acreditei você me fez o favor de me levar pra casa.
Isso foi você quem fez.


Tiago Felipe Viegas Carneiro

nunca foram meus irmãos de sangue e nem nunca troquei sangue com eles

e nem os sinto dentro, nem fora.

só sinto presente.

na verdade é um presente cada amigo desse.

que dessem um amigo desse para cada pessoa do mundo.

Tiago Felipe Viegas Carneiro  25/07/2013
eu fazendo
meu jardim de cinzas

são as cinzas das horas também.

Tiago Felipe Viegas Carneiro  24/07/2013

dupla acessibilidade ou eu sou um babaca

minha cabeça pensa em possibilidades
várias vezes aterradoras.
e me sinto monstruoso depois disso.
e não me acalmo.
é assim ultimamente.

minha cabeça na verdade não pensa
quem pensa é o medo involuntário
de novas possibilidades de vida.

à beça então eu pendo entre a cabeça 
ela desvairada e o meu coração 
não se contendo.


Então dou tchau,

mais uma história muito mal contada, apesar de verídica.
é a minha cabeça que mente.
é o algo algoz quem me traz a mentira que se fecunda no peito
é o desenho de onde não sou mais nada.

Isso me desespera, o lugar onde não sou mais nada.


Mas o que sou pra mim então?

Só o escrivinhador, só o bêbado, só o tarado
só o antepasto que se põe ao sabor das temperaturas
do dia.



Tiago Felipe Viegas Carneiro  24/07/2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

e foi mais um dia
e falei sobre mim
e sobre as outras que penso?

e sobre o que eu odeio?
me prender não é a minha melhor forma de me entender ainda.


tão em mim
que fora é difícil

tão em mim
que quando se abate

é alguém bate a porta

e o pior de tudo
é deixar a dor entrar.

bagagem

se despreender da dor sempre o foi mais difícil durante as madrugadas.
as sensações beirando quase o prazer de ser entendido por outrém
que também se condoeu,
imaginar isso era um prazer,
finalmente me entendiam,
finalmente fora o meu discurso egóico, eu também entidiava.

mas meu único jeito foi pelo discurso palavroso,
não foi pela ação,
eu só entendia a ação pelo crivo convicto e interpretativo das palavras.

e elas combinadas com a minha fantasia sempre foram muito cruéis.

é como se consubstanciasse na minha pessoa algoz e herói.
não era possível então me entender em poucas palavras.
 eu sou aquilo que não vejo de pronto
sou aquilo que me reservam como culinária, só que em palavras.

sou sempre o depois da ação. sou sempre o depois do outro.

sou sempre o que se lavora moendo.

se o meu sentimento fosse um café seria perfeito, mas eu sempre remoou o que tem do pó
para fazer meu próprio monstro de argila.

posso remodelá-lo.

agora é transformar, o pó de café, os sentimentos e a argila.


Tiago Felipe Viegas Carneiro  23/07/2013

essas feridas da vida
deveríamos tirar
como se fosse pesadelos

nos assustamos
vamos ao analista
entendemos, mudamos
e depois não nos pertence mais
pois mudamos.

agora se vierem as feridas
por mordidas
foi pro saco
cuidado pra não contrair raiva

a raiva é uma dor contínua
que abre mais a ferida e te deixa soberbo
você fica soberbo por não te fazer pensar
que o único objeto atingido é o que foi construído.

Dor e raiva, uma cega um olho
e as duas infartam o coração.

Só desbravando o caminho do amor
é que se chega a cura da raiva e do pesadelo da dor.

Nem toco aqui no perdão.
Isso se faz para si.
pela dor doar o teu amor
é algo que inflinge a si a metástase do amor.

Descobrir-se da raiva, da dor é doar ao lar interno
uma compreensão significativa para a vida.

É doar a si o que de mais profundo se tem.

Tiago Felipe Viegas Carneiro    23/07/2013

não acabado




ARREMETER



Não queria aquela sensação de queda,
tudo o que era ar e nuvem passando
pelos olhos vertiginosamente.

Não queria também aquela
sensação de tudo passado na boca
minhas papilas também não mereciam isso.


Foi assim caindo desprendido
de tudo que arremeti.

Tudo não ficou mais fácil.
Tinha que bater muita asa e voar muito
e construir um ninho dentro
bem mais confortável.


Tiago Felipe Viegas Carneiro  23/07/2013

domingo, 21 de julho de 2013

Você agora é amor de verdade?
Ou a veracidadae dos fatos que eu enxergo te fazem me trazer
por suas escolhas você até a mim?
Minnha complexidade de escolhas de você é do tamanho do que eu pretendo escolher pra mim.

Agora nunca sei em que ponto você quer chegar de novo.
Queria que você nesse amor deixasse esse legado de amor comigo so fosse o óbito.

Queria que você nesse amor me deixasse esse amor como se fosse o óbvio.

Quero esse amor, não como um tipo de perdão
esse amor se dissolve em mais lugares que o infinito nunca saberá
 esse amor é algo com acabamento de um samburá de fribra tinhosa.

Ele é afeito a mão. Ele, defeito de almas argutas em perguntar o sentido oblíquo do objeto do desejo.
Ele não é nada de mais, pode e as vezes ser o que é para os defora, rarefeito de ardor;

Ele não é nada se não há uma resposta interna.



Você agora é amor de verdade?
Ou a é a voracidadae dos fatos que eu enxergo que te fazem me trazer
escolhas até mim?

 Não!

São as minas escolhas deformadas de trejeitos sórdidos e por vezes benignos que te fazem assim sorrir e te fazem nessa amsotra de ser se reconhecer e escolher de mim um amor profundo ?

Decido eu então te amar. Agora e para sempre o sonho de você ter me respondido sinceramente uma simples questão no imenso dessa vida

você me ama ?

Tiago Felipe Viegas Carneiro  21/07/2013

Condolente

Eu que nasci assim sem muita dor
apesar de ter menos asas que outros

Então não fui Condor apesar de ser da minha serralheria da asa.

Eu sou um com dor, um mero erro do acaso agora,
Era pra estar feliz e exultante pelos "acertos" meus

Mas nasci assim sem asas exuberantes

e tenho o intento puro de forjá-las na vida.

Que a vida me dê asas que com elas eu alcance um tempo
melhor de ser eu.

E que esse eu ame e saiba muito mais sobre o amor do que sei agora.



Tiago Felipe Viegas Carneiro 21/07/2013

CARIBEÑAS

CARIBEÑAS


I

Não basta crer
        basta crer que
                 antes do fm
                 há um ponto
e que o ponto é meio
é a curva é uma
reta
      é um
      que liga
   dois pontos.


Tiago Felipe Viegas Carneiro  21/05/2013



II

Não há custo

há gosto

não o inverso

há o retroverso

Não há um só universo

há um livro com vários
          versos dentro
                     de si

Há um gusto
e um a ti me
            gusta.


Tiago Felipe Viegas Carneiro  21/05/2013






sexta-feira, 12 de julho de 2013

CHEIRO VI

VEM COM CALMA
O QUE ME AQUECE
NÃO TE ESQUEÇO
ÉS MEU CALOR.
NA NOITE FRIA
E NO DIA QUENTE
O  OUTONO TRADUZ
O CIO QUE ME TRAZ TEU ODOR.


TIAGO FELIPE VIEGAS CARNEIRO  13/07/2013

TODO O CHEIRO VEM TATI MEU AMOR

CHEIROS






CHEIROS I
Que ela cheire as rosas sobre a mesa todo dia e lembre de mim.
Que ela ouça a música de Thelonious Monk e se lembre de mim.
Que os meus passos e a pele do meu pé que fricciona com a realidade
lembrem-se que estou ali junto dela e o peito se lembre, o amor anda junto com aqueles passos mesmo distante de você.

É assim que quero sempre lembrar e é assim que quero sempre seguir.
Que fizemos passos juntos e que me aqueço só com a sua lembrança.


CHEIROS II

Bem me cheira
Já não sabe bem o que sinto

Já bem cheira
Meu bem não sabe onde passei

Beija bem e me cheira
Já conhece o que se passou

Fui amante, amigo, júri e pedante.
Bem me chega sou pedinte deste amor

Bem me seja amor conquista
Sou um molambo do teu olor.
Bem te cheira a rosas crespas
O que é feito deste amor?


CHEIRO III

Infestada de ti o rastro teu nesta cidade
Meu guia não é mais o que se gastou
Meu erro é a perda
Me perfaz o ardor
Do dia em que bem faceira
Ficou surda em rubor

CHEIRO IV

Voltamos para o lar
Nem sapiência nem estupor
Na calma crua e lenta
É feito assim também o nosso ardor
Seja no laço que nos une
Seja no semblante em sombra na noite calor
É de efeito firme e redundante
A celeuma em que se recomeça nosso amor.

CHEIRO V

No lençol da cama avessa
Criva em mim o passado
Escovo a dor como se cria o aço
Da minha pena ao teu louvor.
Não falo por mim um pobre diabo
Falo por nós e por nosso andor
Que a fantasia seja plena
É de carne e osso nosso esplendor.


Cheira a céu meu avental onde invento os meus versos
Mesmo perecendo um eu perverso um que cria pode criar a dor.

Não me parece mal a figura de um deus
Se o final um mais um é um eu.
Que nos acostumemos a esse caminho do espinho a rosa flor.


Tiago Felipe Viegas Carneiro  13/07/2013

terça-feira, 9 de julho de 2013


Não vou te fazer mais esperar
Ou eu caminho com os caninos a mostra ao teu lado
sem raiva e com uma vontade imensa de entender a vida
Ou eu caminho de cabeça baixa
tentando uma função que o amor não mais me permite.

Tentarei a primeira opção pois a segunda não funcionou.

E sabemos ambos como é a lei de Murphy´s.


Tiago Felipe Viegas Carneiro  09/07/2013



estreita cidade



As ruas da cidade me parecem apertadas, tanto as ruas quanto as calçadas. Eu ando pelas calçadas, às vezes de carro.
Ultimamente penso que a rua já não é o espaço natural.
Essa rua não é mais o lugar, a avenida não é mais o lugar, o lugar onde se mora também não, assim como essa cidade.
O mundo não é o hoje e nunca foi só amanhã.
O mundo não é esse, cheio de reacionários, de vidas que não enxergam mais e não enxergar além.
Defino como não enxergar mais os seres cuja visão se limita a si próprio.
Não enxergar além são os seres que  se importam com tudo e não fazem nada.
Algo se rompe no momento de agir, algo aflige no momento de assumir e querer dessas pessoas.
O mundo essa coisa que não se deixa ser mais livre e ser livre é se dar conta de que o que se precisa realmente é pouco, é quase nada.
Não se precisa da beleza extrema o muito nem do suficiente, se precisa estar, se precisa de se deixar ser. E o mundo e essa cidade inteira não se é mais.
Esse mundo se tornou somente uma sensação, você faz para se sentir, não deixa as coisas acontecerem para você sentir.
Não se sente mais a beleza da flor quando a encontramos, você vai ao mercado e a beleza da flor, algo que deveria durar mais na planta do que no vaso, se acaba rápido, só para que possamos tê-la num espaço restrito e individual. Não podemos mais nos prender a esse sentimento egoísta que nos faça acreditar na possibilidade de todas as coisas só para si.
Algumas pessoas entenderam o que é isso e fazem as hortas públicas, mas em que espaço mais as faremos?
Como deixaremos a consciência florescer para nós se ficamos com a merda do celular concectado até no momento em que deveríamos estar em sociedade, nos atentar ao próximo seja no metrô, no ônibus e mais grave, no trânsito?
Estamos nos conectando com tudo e ao mesmo tempo não nos conectamos com o mais importante, as reais necessidades da gente.
Nós essa coisa amórfica, formidável, moldável, nos enformamos em algo quase parasitário e de vidas muito, mais muito pejorativas e desncessariamente tensas. Nesse nosso altual formato não nos permitimos o erro. Não nos permitimos o fracasso. Aprendamos o certo deixar viver, e o erro faz parte da vida. 
O pensamento estreito não deveria fazer parte da nossa vida.

sábado, 6 de julho de 2013

um devaneio simples

por muitas vezes é melhor libertar

por muitas vezes a única escravidão deveria ser o amor.

por muitas vezes o real é gratidão de um amor.

que ele não volte.

mas que ele deixe marcas indeléveis nas suas escollhas futuras

até sendo o mesmo amor, até que ele venha cansado mas que seja o amor


até que ele venha, velho cansado e amor.


Se deseja o amor mas o que se deseja ao amor?

Quero o firme comprimisso com a pura verdade única do meu eu?

Quero o propósito disforme do desejo.

Pois o querer ainda permanece imperfeito.

E se quer num desejo secreto de compreender o imperfeito o amor para se compreender.





Quem procura sempre encontra no mesmo lugar



Eu sou todo água ela é toda terra

lama de mangue a nos procriar.

Eu sou todo doce ela é o que da terra cria todo o sal

eu sou o gosto doce a dissipar.

Ela é todo carência e eu sou todo amor

Eu sou todo carência ela é o meu amor.

Eu não encontro paradigmas para ela
Eu não encontro
e nem vislumbro outro amor maior que ela.


Tiago Felipe Viegas Carneiro 06/07/2013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

um terço do traço

Nem na linha do horizonte eu me faço entender

Acho que preciso daquele troço que é o traço do arquiteto

Acho que preciso de um caminho definido em algo planejado

Mas ao mesmo tempo tem uma vontade que me empele ao risco

ao extremo, sair da minha própria necessidade de pouca abrangência.

Vou seguir o meu caminho pela lei natural de Gaudí, dos escombros a arte .

Quero fazer do bem resvalado o mártir de uma dor que exista só pra mim.

Quero fazer um sonho o que existe pra além de mim.



Tiago Felipe Viegas Carneiro  01/07/2013